A partir do olho do observador: tudo é uma questão de ponto de vista
- Simonë do Prado
- 9 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 18 de mar.

Vivemos em um mundo onde cada pessoa enxerga a realidade através de seus próprios filtros internos.
Nossa percepção é moldada por experiências, crenças, emoções e estados vibracionais.
O que para um pode ser um obstáculo intransponível, para outro pode ser uma oportunidade de crescimento.
Essa diferença de percepção mostra que a realidade não é fixa, mas sim interpretativa, e tudo depende do "olho do observador".
A realidade como um espelho
Na visão holística, o universo reflete nossa vibração e consciência. Se estamos sintonizados com sentimentos de medo e escassez, é isso que tenderemos a enxergar ao nosso redor.
Por outro lado, se cultivamos gratidão e abundância, nossa percepção se abre para reconhecer essas energias na vida cotidiana. Isso não significa negar desafios ou dores, mas sim entender que nossa interpretação dos fatos pode transformar a maneira como vivemos cada experiência.
A física quântica já sugere algo semelhante, que demonstra que a simples observação pode alterar o comportamento das partículas.
É um dos experimentos mais fascinantes da física quântica, e que reforça a ideia de que essa realidade depende do observador, é o Experimento da Dupla Fenda.
Ele foi realizado para entender o comportamento das partículas subatômicas, mas acabou revelando algo surpreendente sobre a natureza da realidade.
O experimento funciona assim: quando partículas (como elétrons ou fótons) são disparadas em direção a uma barreira com duas fendas, elas podem passar por uma ou por ambas antes de atingir um painel detector.
Quando ninguém observa, essas partículas se comportam como ondas, passando pelas duas fendas ao mesmo tempo e criando um padrão de interferência no painel.
Mas, quando um observador ou um aparelho de medição tenta identificar por qual fenda cada partícula passou, elas mudam de comportamento e agem como partículas sólidas, sem criar o padrão de interferência.
Ou seja, a simples observação altera o resultado. Isso sugere que a realidade, no nível quântico, não é fixa até que seja observada, ela existe em um estado de possibilidades até que a consciência interfira e defina um caminho.
O papel da consciência na transformação
Se nossa visão de mundo define nossa experiência, então temos o poder de ressignificar nossa realidade.
Muitas vezes, um problema não está no fato em si, mas na forma como o encaramos. Perguntas como "O que posso aprender com isso?" ou "Qual oportunidade existe aqui que ainda não enxerguei?" nos ajudam a sair do papel de vítimas e assumir a posição de cocriadores.
A prática da atenção plena (mindfulness), por exemplo, nos ensina a observar pensamentos e emoções sem nos identificar com eles. Isso nos permite perceber que um mesmo evento pode ter diversas leituras, e que escolher um ponto de vista mais elevado pode mudar completamente nossa experiência.
Escolhendo um novo olhar
Diante de um desafio, podemos sempre perguntar:
1. Estou reagindo a partir do medo ou do amor?
2. O que essa situação está tentando me ensinar?
3. Como posso olhar para isso com mais compaixão e abertura?
Ao expandirmos nossa visão, deixamos de ser prisioneiros de uma única narrativa e acessamos novas possibilidades. Dessa forma, transformamos nossa jornada em um caminho de autoconhecimento e evolução.
No final, a realidade não é absoluta, ela é um reflexo do nosso estado interno. O mundo que vemos é aquele que escolhemos enxergar.
Que tal começar a observar tudo sob uma nova luz?



